azul noruegues Comercialmente, as rochas ornamentais e de revestimento denominadas como granito, nem sempre correspondem a esse tipo petrográfico, segundo proposta da Subcomission on the Sistematics of Igneous Rocks (IUGS 1973), apresentando elementos texturais muito discrepantes.
Assim, com base petrográfica pode-se afirmar que os granitos comerciais, além de apresentarem granulação variada, podem envolver diversos tipos e extremos, aqui discriminados com base mineralógica em:

Granitos quartzo-feldspáticos, representados pelos chamados granitos verdadeiros (Granito Ruby Red, Granito Cinza Andorinha, Granito Amazon Star etc.), mas também por inúmeros gnaisses migmatíticos ou não (Granito Verde Lavras, Granito Azul Brasil, Granito Knawa etc.), por rochas vulcânicas ácidas até intermediárias (Granito Azul Sucurú) e até por conglomerados (Granito Marinace);


Granitos feldspáticos, que correspondem, segundo classificação proposta pela Subcomission on the Sistematics of Igneous Rocks (IUGS 1973), aos sienitos (Granito Marrom Itarantim, Granito Azul Bahia, Granito Ás de Paus, Granito Azul da Noruega, Granito Marrom Caldas etc.);


Granitos máficos, que de fato correspondem a rochas básicas, tais como gabros de grão fino (Granito Preto São Gabriel, Granito Cotaxé etc.) e basaltos (Granito Basaltina).


Granitos ultramáficos, que correspondem a rochas ultramáficas ricas em serpentina, anfibólios, clorita etc. (Granito Verde Alpi, Granito Verde Boiadeiros etc.).

Essas rochas podem apresentar colorações diversas, com destaque para os granitos amarelos (Granito Gold 500, Granito Juparaná, Granito Rio do Norte Amarelo etc.), os brancos (Granito Nepal, Granito Cotton White, Granito Branco Romano etc.), os cinzas (Granito Cinza Pirá, Granito Cinza Mauá, Granito Arabesco etc.), os vermelhos ou rosas (Granito Ruby Red, Granito Coral Pernambuco, Granito Rosa Raissa, Granito Rosa Imperial, Granito Vermelho Bragança, Granito Lilás Gerais etc.), os marrons (Granito Café Imperial, Granito Marrom Caldas etc.), os verdes (Granito Verde Lavras, Granito Verde Van Gogh, Granito Verde Pavão, Granito Verde Jade etc.), os pretos (Granito Preto São Gabriel, Granito Preto, Granito Cotaxé etc.), os azuis (Granito Azul Bahia, Granito Blue Valley, Granito Blue Wave, Granito Azul Sucuru etc.) e os beges (Granito Bege Pavão, Granito Arabesco Samoa, etc.)


Quanto à coloração, esta pode ser explicada com base no conteúdo mineralógico primário e secundário das rochas. Os granitos cinza esbranquiçados e os preto esbranquiçados, que constituem os tipos mais comuns, tem essa coloração em parte devida à presença de minerais primários tais como feldspatos, quartzo e biotita. Tipos esbranquiçados são raros e denotam ausência de minerais máficos, enquanto tons róseos e encarnados decorrem da presença de certos feldspatos, de granadas como as almandinas, de inclusões ricas em ferro ou de suas alterações. Os tons de marrom decorrem da presença de inúmeras inclusões de agulhas de rutilo e lamelas de ilmenita em feldspatos e minerais máficos, enquanto os verdes claros, escuros e pretos devem-se à presença de minerais máficos como anfibólios e piroxênios, ou a cloritas, serpentinas e outros resultantes de processos de alteração dos constituintes primários. Quanto à coloração preta, esta será realçada pela granulação fina das rochas ricas em constituintes máficos. Tons amarelados e alaranjados decorrem da alteração de minerais máficos, como a biotita e de minerais opacos.

 

Fonte: LABTEC Rochas - UFMG